O primeiro passo para o seu estabelecimento foi dado pelo prefeito Archimedes de Oliveira, quando fechou contrato com o engenheiro civil e bacharel em Direito Joaquim José de Almeida Pernambuco. Tudo abrigado em 15 blocos. O material utilizado na sua construção foi importado: o ferro veio da França e serviu para formar a estrutura de coberta; os azulejos que cobriam todas as paredes, as telhas e os vidros vieram da Europa. A sua construção bem como a da Fábrica Fosforita Olinda S/A, em 1957, atraiu um grande número de trabalhadores, o que deu origem à população de Peixinhos.
Na década de 1970, há quase meio século de sua inauguração, o governo do estado de Pernambuco desativou o Matadouro de Peixinhos alegando descumprimento das normas para o seu funcionamento, exigidas pelo governo federal em todo o território nacional. Sua desativação provocou desemprego e muito prejuízo sócio-econômico à comunidade de Peixinhos. Inclusive, o local transformou-se num ponto de tráfico de drogas, violência e morte, até que, no início dos anos 1990, vários grupos culturais da comunidade iniciaram o resgate daquele espaço.
Por decreto municipal de 1980, assinado pelo prefeito Gustavo Krause, o Matadouro se tornou sítio histórico. Logo após, a Prefeitura transformou parte daquele estabelecimento em um Centro Social Urbano, que foi instalado em 1982, com o objetivo de atender necessidades sociais da comunidade.
Na gestão do prefeito Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti, em 1985, grande parte da estrutura do Matadouro de Peixinhos foi demolida para surpresa dos moradores do bairro. A denuncia e o apelo de vários segmentos da sociedade conseguiu interromper a ação da Prefeitura, entretanto, poucos blocos ficaram de pé e toneladas de ferro foram retiradas e vendidas.